domingo, 18 de junho de 2023

Visita de Estudo «Percurso histórico na cidade de Lisboa» (2 de maio de 2023)

  








Participaram nesta visita de estudo as turmas do 11.º A e 12.º A, que constituiu um vasto percurso cultural e histórico que contemplou a passagem por diversos locais e edifícios históricos, incluindo: a Estação do Rossio (romantismo); a Praça do Rossio (com o Teatro D. Maria II, o Animatógrafo e o elevador de Santa Justa); a Baixa Pombalina (projeto dos arquitetos Eugénio dos Santos e Carlos Mardel, após o Terramoto de 1755); a Praça do Comércio, designada «Terreiro do Paço» antes do terramoto, com a Estátua equestre de D. José I, de Machado de Castro); a Praça do Município, ao lado do Museu do Dinheiro e da Padaria Inglesa (com fachada Arte Nova); a subida da Calçada de São Francisco para conhecer a Faculdade de Belas-Artes, onde apenas pudemos observar os alunos de escultura a trabalhar no atelier, com as portas abertas para o exterior, envoltos numa nuvem de poeira.

A Calçada de São Francisco deve o seu nome ao convento que ali existia, o primeiro convento franciscano, chamado de «S. Francisco da Cidade», situado numa das colinas da cidade e destruído pelo terramoto e dois incêndios. Depois de profundas obras seria aqui instalada a Escola de Belas-Artes e o Museu de Arte Contemporânea do Chiado, que partilham o espaço do antigo convento.

O percurso passou depois pelo Largo de São Carlos, para ver o edifício Neoclássico e a casa onde nasceu Fernando Pessoa, e pelo café «A Brasileira», inaugurado em 1905 e que desde logo apoiou a nova geração de artistas, apresentando a partir anos 20, obras de Almada Negreiros, António Soares, Jorge Barradas, Bernardo Marques, Stuart Carvalhais, José Pacheko e Eduardo Viana. Estas obras foram entretanto vendidas, restauradas e encontram-se hoje em museus e coleções privadas, tendo sido substituídas (em 1971) pelas obras que atualmente ali se podem ver, pintadas por artistas selecionados pelo crítico e historiador de arte José-Augusto França: Fernando Azevedo; Nikias Skanipakis; António Palolo; Noronha da Costa; Eduardo Nery; Carlos Calvet, João Vieira; Joaquim Rodrigo; João Hogan, Vespeira e Manuel Baptista.

Depois de muito caminhar numa tarde de primavera, com temperaturas de pleno verão, chegámos por fim a São Roque, onde tivemos uma visita guiada à primeira Igreja Jesuíta e ao Museu de São Roque, com um espólio maneirista e barroco riquíssimo. Aqui foi destacada a Capela de São João Batista e o seu Tesouro, obra criada e importada de Itália, elaborada com materiais ricos (com pedras semipreciosas), de acordo com a encomenda e o poder económico do rei D. João V.

Por fim visitamos a «Oficina Marques», situada no Bairro Alto e que é simultaneamente uma loja, estúdio/oficina e uma galeria de arte, onde fomos recebidos pelos artistas Gezo Marques e José Aparício Gonçalves, que partilharam o seu mundo de criatividade, fantasia e imaginação, o seu «gabinete de curiosidades».

Visitar o atelier, foi uma importante partilha de histórias e inspiração. Os objetos, criados a partir de objetos encontrados nas ruas, no lixo ou mercados de segunda-mão e transformados em Arte, resultam do diálogo entre os artistas e a matéria (madeira, cerâmica, móveis ou brinquedos), que depois de transformados em luxo, viajam pelo mundo para decorar outros espaços e criar outras histórias.

As turmas foram acompanhadas pelas professoras e integrou-se nas seguintes disciplinas: Cristina Gaspar (de História da Cultura e das Artes), Maria José Simões (de Desenho A) e Fátima Inocêncio (de Filosofia).

Sem comentários:

Enviar um comentário

Formas Artificiais_ Composição criativa_ Aguarela

         Desenho (11.º A2) Agrupamento de Escolas Aqua Alba, ESFD, 2023-2024.